Retinopatia da Prematuridade (ROP)

Retinopatia da Prematuridade (ROP)

Retina

Doença responsável pelo maior número de crianças cegas nos dias de hoje.

A retinopatia da prematuridade, como o nome sugere, é a doença própria dos recém nascidos prematuros, pois é neles que ela acontece.

Com o advento de novas tecnologias, novos equipamentos, novas drogas e o constante aprimoramento dos profissionais neonatologistas, prematuros que antes não chegavam aos 3-4 meses de vida, hoje o prognóstico é bem melhor.

A doença é classificada em 5 estágios diferentes de evolução, cada um deles bem caracterizado e com terapeútica apropriada.

Existe uma predisposição genética para o desenvolvimento da doença. Portanto para que a ROP aconteça há necessidade de predisposição genética, ser prematura e ter recebido oxigênio.

São fatores de risco para o aparecimento da doença a prematuridade, principalmente recém nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional, baixo peso ao nascimento( < 1500 g), a falta ou excesso de oxigênio, deficiência de vitamina E, muita luminosidade no ambiente onde o bebe se encontra, hipoxia crônica intra-útero, apnéia e/ou bradicardias frequentes. Então, quanto mais doente é o prematuro maior é a chance de desenvolver a ROP.

Retina

Esta doença pode levar a miopia, astigmatismo, glaucoma, descolamento de retina, nistagmo, estrabismo, diplopia, ambliopia ou mesmo cegueira completa já a partir dos 3-4 meses de vida.

Por isso o exame oftalmológico nas crianças com suspeita de desenvolver a doença deve ser feito a partir da 4ª semana de vida, pois o prognóstico está diretamente relacionado com o momento do diagnóstico.

Dependendo do caso pode haver a necessidade de realizar fotocoagulação retiniana, crioterapia, retinopexia, lensectomia, uso de drogas intra-vítreas ou mesmo vitrectomia, de acordo com o estágio da doença.

Deve-se incluir nas avaliações os prematuros com menos de 1500g, prematuros com idade gestacional menor que 32 semanas, prematuros que ficaram na UTI pediátrica em ventilação mecânica por mais de 20 dias e recém nascidos a termo mas que necessitaram usar oxigênio.

Os exames oftalmológicos devem ser realizados no sentido de detectar as alterações, a fim de proceder o tratamento o mais precoce possível.

A ação conjunta entre pediatras, neonatologistas e oftalmologistas irá garantir o bem estar e saúde ocular de nossas crianças.

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