O Diabetes Mellitus é uma doença conhecida pelo aumento de açúcar no sangue. Entretanto, ela ataca principalmente as pequenas veias e artérias de todo o corpo. A retina possui na sua micro-estrutura pequenos vasos sanguíneos e neurônios, que tendem a serem lesados na retinopatia diabética.
A Retinopatia Diabética, em especial o edema macular diabético é a principal causa de cegueira entre pacientes diabéticos em todo o mundo. É causada por alterações da micro-vascularização da retina.
Pessoas que têm Diabetes há mais de 5 anos têm grande risco de desenvolver a Retinopatia Diabética. Segundo dados estatísticos sessenta por cento (60%) dos diabéticos há mais de 15 anos têm sintomas relacionados à retinopatia. A hipertensão arterial descontrolada e a gravidez costumam agravar o problema.
1. Retinopatia não Proliferativa:
Os vasos sanguíneos enfraquecem e começam a vazar líquido e sangue para o interior da Retina.
Se isso ocorre na região periférica da Retina, não há perda significativa da visão. Porém, se o vazamento ocorrer na região central a perda visual pode ser significativa: além de embaçamento, podem aparecer manchas escuras que atrapalham a visão. Estes sintomas tornam a leitura e o ato de dirigir difíceis ou impossíveis.
2. Retinopatia Proliferativa:
Ocorre o crescimento de vasos anormais na superfície da Retina. Estes vasos podem sangrar de maneira intensa ou podem causar descolamento da retina. A hemorragia dentro do olho e o descolamento da retina causam grave perda da visão e até mesmo cegueira total.
Na fase inicial não há sintoma algum e não há dor ocular, podendo ocorrer perda gradativa ou súbita da visão. No início de uma hemorragia intraocular ou de um descolamento da retina, o Diabético pode notar aparecimento de manchas flutuantes ou fixas na visão.
O exame é indolor, causa pouco desconforto e dura aproximadamente 30 minutos.
Após a dilatação das pupilas com colírios, o oftalmologista através do exame de fundo de olho, pode detectar alterações típicas da Retinopatia Diabética. Em algumas pessoas é necessária a realização de fotografias da retina para detectar alterações iniciais ou para programar o tratamento com Laser.
Na fase inicial da doença, nenhum tratamento é necessário: basta a realização de consultas regulares. É de vital importância o controle dos níveis de glicose, colesterol e da pressão arterial.
Quando a Retinopatia Diabética acarreta risco de perda visual o tratamento deve ser realizado imediatamente. Geralmente ele é feito através de aplicações de laser na retina e/ou injeções de medicamentos na cavidade vítrea, com o objetivo de fortalecer os vasos, controlando ou evitando a ocorrência de vazamento de líquidos e sangue na retina.
Quando já houve uma hemorragia significativa dentro do olho ou descolamento da retina, o tratamento com laser é insuficiente ou não pode ser realizado. Nesse caso, é necessária a realização de uma cirurgia chamada Vitrectomia associado ou não a medicações injetada na cavidade vítrea.
Todo paciente diabético deve procurar o oftalmologista para um exame minucioso da retina.